Escrita

Não escrevo poesia porque não sei.
Escrevo aquilo que sinto porque
preciso de escrever.

Percebi que me faz sentir melhor,

alivia-me.

A escrita nasceu dum incentivo.
Alguém achou que eu tinha coisas
importantes para dizer e concordei
em arriscar.
Exponho-me?
Claro. Essencialmente aos meus amigos.
É para eles que escrevo.
E os outros?
Bem, os outros que não me conhecem
não importam.
Só importam mesmo aqueles que
me conhecem e gostam de mim
como sou: umas vezes magoada,
outras zangada, outras feliz.
Mas sou sempre eu
e mais ninguém está aqui por mim.