Quase
Quase tão cheio
Quase a transbordar
Quase a tremer o meu olhar
Eu quase rio do seu quase transbordar...
Quase tão forte
Quase a rebentar!
Quase a tremer com o meu tocar
Eu quase rio do seu quase rebentar...
Quase tão ferido
Quase que a chorar
Quase a pedir para se afundar
Quase que o beijo
Quando está quase a chorar
Chorar...
(Miguel Faria)
Quase a transbordar
Quase a tremer o meu olhar
Eu quase rio do seu quase transbordar...
Quase tão forte
Quase a rebentar!
Quase a tremer com o meu tocar
Eu quase rio do seu quase rebentar...
Quase tão ferido
Quase que a chorar
Quase a pedir para se afundar
Quase que o beijo
Quando está quase a chorar
Chorar...
(Miguel Faria)
Gostava de partilhar este poema contigo...
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência,
essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Obrigada pelo poema.
Um abraço