quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Quase

Quase tão cheio
Quase a transbordar
Quase a tremer o meu olhar
Eu quase rio do seu quase transbordar...

Quase tão forte
Quase a rebentar!
Quase a tremer com o meu tocar
Eu quase rio do seu quase rebentar...

Quase tão ferido
Quase que a chorar
Quase a pedir para se afundar
Quase que o beijo
Quando está quase a chorar
Chorar...

(Miguel Faria)

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Gostava de partilhar este poema contigo...

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência,
essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

12:26 da manhã  
Blogger Margot disse...

Obrigada pelo poema.
Um abraço

10:42 da tarde  

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